Nação dos pais - Resenha crítica - Dana Suskind
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Nação dos pais - resenha crítica

Nação dos pais Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Parentalidade

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-508-1948-8

Editora: Alta Books

Resenha crítica

Um problema maior

A parentalidade não é feita no vácuo. Ela depende de um contexto. Para todo lado, existem obstáculos na frente dos pais. A sociedade faz pouco para apoiar a capacidade de a família tornar fácil o desenvolvimento saudável do cérebro de suas crianças. 

O problema é grande. Os pais são marginalizados pela falta de políticas favoráveis a eles em vários países. A sociedade abriu mão de sua responsabilidade. A educação das crianças é difícil para as famílias que não fazem parte do 1% mais rico da sociedade. É uma diferença de grau. 

Um número gigantesco de pais ao redor do mundo têm dificuldades para sobreviver e precisam lutar para dar recursos aos filhos. Cada país tem seus desafios que dependem da segurança social, da cultura, do papel das mulheres e do apoio de outros parentes. A licença paternidade, por exemplo, é uma raridade nos países. 

As sociedades não se dedicam à família

Nas partes pobres do mundo, há muitas pessoas que carecem de cuidados básicos de saúde e nutrição. É difícil dar uma boa condição de vida para os filhos nesse contexto. Mesmo em países ricos, as escolhas ainda são bem limitadas. Não importa o emprego ou a educação. 

Todos estão em dificuldades. A falta de renda ou plano de saúde obriga o retorno ao trabalho para algumas mães, enquanto outras desistem de progressos na carreira quando as demandas do trabalho ficam impossíveis de gerir com os filhos. Embora as sociedades defendam os valores familiares, quase nenhuma se dedica realmente à família.

Elas não apoiam políticas públicas que levam esses valores a sério. Em vez disso, caminhamos no sentido oposto. Criamos barreiras no caminho de vários pais. Os países deixam soltos problemas como horas de trabalho irregulares, racismo sistêmico e problemas estruturais. Essas barreiras acabam com o tempo e a energia dos pais.

A força da neuroplasticidade

A ciência nos dá um mapa para sair dessa crise. Ela diz o que priorizar individualmente e dá pistas de onde podemos chegar como sociedade, revelando as coordenadas do desenvolvimento neurológico saudável para as crianças. Estabelecer as bases do crescimento cerebral ideal é um guia válido.

É com base nessa ideia que podemos propor ideias para mudar a sociedade. A ciência diz para começar com o aprendizado. Isso não acontece no primeiro dia da escola, e sim no da vida. Até no útero os bebês aprendem, reconhecendo a voz dos pais. Tudo acontece pela neuroplasticidade.

O fenômeno dá origem à capacidade de o cérebro organizar e formar conexões novas. Seu auge acontece até os 3 anos de idade, a partir do nascimento. Embora os cérebros continuem plásticos no resto do tempo, eles nunca voltam a atingir o auge dos primeiros anos mágicos. Por isso, é preciso aproveitar.

O ambiente importa

Para aproveitar os primeiros anos, o passo inicial é uma interação rica. Os pais precisam falar, rir, responder e apontar. Os filhos têm que perceber que não estão sozinhos. Essa interação simples é poderosa e útil para fazer com que as crianças progridam.

Ela ajuda a desenvolver habilidades cognitivas que vão fundamentar a escrita, a leitura, o entendimento matemático e a identificação de padrões. Assim, cria habilidades interpessoais. Por exemplo, garra e resiliência. A neurociência mostra que o ambiente importa. Entornos calmos estimulam habilidades socioemocionais e executivas, enquanto desordeiros as prejudicam. Mas nem sempre o ambiente está sob o controle dos pais. 

Algumas famílias não têm a oportunidade de promover bons ambientes. Sofrimentos como doenças, desabrigo e pobreza põem em risco o desenvolvimento saudável do cérebro. Quando as crianças perdem, todos perdem. A sociedade do futuro se compõe das crianças de hoje. Por isso, os países deveriam ajudar a estabelecer boas bases.

Pais são os arquitetos dos cérebros dos filhos

As autoras não chamaram o livro de “nação dos pais” sem razão. Eles são os guardiões do futuro bem-estar da humanidade. Normalmente, são pessoas normais. Nenhuma mãe ou pai tem superpoderes. Ainda assim, fazem algo extraordinário quando educam seus filhos de forma próspera.

Pais são arquitetos dos cérebros dos filhos e, por isso, são também arquitetos do futuro da humanidade. Só depois de criar um movimento para apoiar as famílias nas suas jornadas é que se torna possível pavimentar uma boa primeira infância. A ciência do cérebro é o mapa, mas os pais são os condutores.

Eles estão operando o leme dos navios de suas famílias. Mas para que isso dê certo, precisamos rejeitar o mito do individualismo que sustenta a negligência social. É preciso ter apoio da sociedade, dos amigos e de outros parentes. Há um campo de portas que precisam ser abertas.

Pais precisam de pouco

Pais amorosos não precisam de um doutorado ou de itens caros para cuidar de um filho. Eles só precisam de conhecimento básico para estimular as conexões neurais. Precisam também de algumas outras coisas. Por exemplo, tempo com os filhos, assistência infantil de qualidade, lares sem estresse e de apoio.

Esse apoio precisa vir dos empregadores, dos políticos e da comunidade. As mudanças verdadeiramente poderosas só acontecem quando existe esforço coletivo para torná-las reais. Precisamos refletir sobre como aliviar a carga dos pais. Há poder na união como nação para ajudar as crianças. 

O cérebro infantil precisa estar no centro dos planejamentos e ideias. Assim, devolveremos às crianças o direito de alcançar tudo o que seus talentos naturais sugerem que podem. Todas as políticas públicas começam nisso. Precisamos dar meia-volta e criar uma sociedade que põe as crianças no centro. A forma que o mundo olha para os pais deve ser ressignificada. 

Dificuldades materiais prejudicam o desenvolvimento cerebral

Já passamos da metade do microbook e as autoras contam sobre o papel do ambiente na parentalidade. O cérebro não tem consciência do seu nível de renda ou do bairro ao nascer. Ele só nasce. Mas esses elementos fazem diferença em seu desenvolvimento. 

As dificuldades materiais são uma das circunstâncias mais danosas ao desenvolvimento do cérebro e também uma das mais comuns. Nascer em condições de vida difíceis aumenta as chances de abuso de substâncias, doenças cardiovasculares e expectativa de vida baixa. A adversidade é ruim para o cérebro. Ela pode mudar a estrutura neurológica, segundo algumas pesquisas.

O ambiente de privação prejudica partes da função cerebral que determinam a trajetória da criança. Por exemplo, linguagem, memória e função executiva. Existem diferenças linguísticas importantes nos filhos que vivem em condições de vida difíceis. Isso se reflete na quantidade de palavras na conversação, por exemplo. 

O estresse é destrutivo

As diferenças de linguagem que são fruto das condições difíceis de vida prejudicam a capacidade de aprendizado. Ainda assim, não são o único problema. As funções executivas e a memória também se prejudicam. Uma das razões é o fato de serem regiões do cérebro sensíveis ao estresse.

O nível tóxico de estresse que crianças em situação de privação vivenciam afeta a formação de algumas partes importantes do cérebro. Isso inclui o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal. Essas partes fundamentam a memória, a capacidade emocional e o raciocínio. Tudo isso leva a resultados acadêmicos piores.

Famílias em condições materiais difíceis vivem em bairros com mais poluição e criminalidade. Têm jornadas de trabalho mais longas, o que significa que passam mais tempo longe dos filhos. Há menos cobertura médica. Tudo isso cria um ambiente pouco saudável para o desenvolvimento infantil.

A desigualdade social é uma epidemia invisível

Famílias em privação material têm filhos com vidas mais sofridas. Eles sofrem com má nutrição, falta de saúde pré-natal e exposição a toxinas. Isso faz com que os cérebros jovens sejam prejudicados pela pobreza. A partir dos nove meses de idade, crianças que cresceram em condições difíceis têm notas mais baixas em testes cognitivos.

Isso principalmente em comparação com seus iguais mais abastados. Na infância, suas notas cognitivas são mais baixas. A desigualdade é uma epidemia invisível. As crianças sofrem com as disparidades e os efeitos são vitalícios, impactando a performance escolar, a saúde mental e a carreira.

Quanto mais privação você passa, piores são as consequências para seu desenvolvimento neurocognitivo. Só que há uma luz no fim do túnel. Uma pesquisa mostrou que filhos de mães de baixa renda, munidas de uma bolsa mensal para pagar as contas, têm habilidades cognitivas mais fortes. Isso mostra que políticas sociais fazem diferença.

Lamente a existência dos obstáculos antes de agradecer por superá-los

Algumas crianças conseguem superar os limites da pobreza e se sobressair. Muitas são privilegiadas geneticamente, como pequenos prodígios. Essas se destacam nas escolas com pouca dificuldades. Ainda assim, enfrentam problemas para aproveitar as portas que seu talento abre. 

Crianças inteligentes que crescem pobres têm menos aulas desafiadoras, precisam com mais frequência de dinheiro para entrar na vida acadêmica e, muitas vezes, não conseguem nem se inscrever em uma faculdade. Uma quantidade grande de talentos nos países se perde graças às circunstâncias do seu nascimento.

Os obstáculos criaram uma geração de gênios desconhecidos, que não têm a oportunidade de mostrar ao mundo do que são capazes. São chamados de “Einsteins perdidos”. Por isso, Hazim Hardeman, um estudante de origem humilde que conseguiu estudar em Harvard, recomenda que as pessoas lamentem a existência dos obstáculos antes de agradecer por superá-los.

A educação nos primeiros anos é uma tarefa quase impossível

Hoje, os pais sentem que a educação nos primeiros anos é uma tarefa quase impossível. Suas dificuldades não são solitárias, mas sistêmicas. Eles se reconhecem nos problemas das outras famílias. Só que problemas estruturais exigem soluções igualmente estruturais. A sociedade precisa cumprir um papel fundamental ao apoiar os pais.

Esse apoio não é uma violação da individualidade das famílias. Na verdade, é o contrário. Uma sociedade atuante dá a verdadeira liberdade individual que os pais merecem. As famílias precisam se unir, encontrar sua identidade e aumentar as expectativas do que a sociedade pode fazer. Os pais estão percebendo seu lugar de direito como arquiteto do cérebro das crianças. 

Para construir um bom ambiente, precisam sentir que suas próprias vidas são apoiadas. Isso não é egoísta. Itens como saúde, participação social, apoio à carreira, acesso à comunidade e segurança financeira impactam o bem-estar pessoal e a capacidade de nutrir as próximas gerações. A sociedade precisa valorizar o papel dos pais.

A urgência feroz do agora

Cuidar de uma criança traz um senso de pressa. É a sensação de que o tempo com os filhos é finito e precioso. Não podemos demorar para apoiar as famílias e criar as bases da sociedade do futuro. Estamos diante da urgência feroz do agora. O que a neurociência aprendeu sobre o cérebro demanda pressa.

Há um peso neurocientífico nas necessidades das crianças. Nossos próprios ideais demandam urgência. Ainda nos anos 1980, a Convenção sobre os Direitos da Criança definiu que a infância é um período especial. Por isso, precisa ser protegido. As crianças têm o direito à brincadeira, ao aprendizado, ao crescimento e ao florescimento digno.

Esses direitos começam no nascimento. O problema é que ainda não os honramos plenamente. Agora é o momento de realmente proteger as crianças. Não há mais tempo. Precisamos levar a ideia de “família” realmente a sério. É hora de deixar os países favoráveis à parentalidade. Nações dos pais levam a um mundo dos pais.

Notas finais

Nação dos pais funciona como uma exploração das desigualdades na infância e incentiva as pessoas a agir para corrigi-las. As autoras recomendam a criação de políticas públicas nos países e seguem a linha dos pesquisadores por trás do movimento de escolas comunitárias nos Estados Unidos.

Dica do 12min

As dificuldades na criação dos filhos não vêm só da falta de apoio dos governos. Às vezes, os erros estão nas próprias ideias que são difundidas sobre como educar crianças. Confira uma visão mais humanizada em “A raiva não educa. A calma educa.”, no 12 min.

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Quem escreveu o livro?

Dana Suskind é otorrinolaringologista pediátrica e diretora do programa pediátrico de implante coclear na Universidade de Chicago, além de ser professora n... (Leia mais)

Lydia Denworth é jornalista científica e autora na revista Scientific American. Seu trabalho já foi reconhecido em jornais c... (Leia mais)

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